A questão toma por base o seguinte fragmento de texto.
A extrema diferenciação contemporânea entre a moral, a ciência e a arte hegemônicas e a desconexão das três com a vida cotidiana desacreditaram a utopia iluminista. Não faltaram tentativas de conectar o conhecimento científico com as práticas ordinárias, a arte com a vida, as grandes doutrinas éticas com a conduta comum, mas os resultados desses movimentos foram pobres. Será então a modernidade uma causa perdida ou um projeto inconcluso?
(Nestor Garcia Canclini, Culturas Híbridas, p. 33, com adaptações)
Assinale a opção que constituiria, de maneira coerente com a argumentação e gramaticalmente correta, uma possível resposta para a pergunta final do texto.
a) A resposta poderia estar na sugestão de aprofundar o projeto modernista, inserindo-o com a prática cotidiana, renovando-o o sentido das possíveis contradições.
b) Para não considerá-la causa perdida, alguns teóricos sugerem encontrar outras vias de inserção da cultura especializada na práxis cotidiana, por meio de novas políticas de recepção e de apropriação dos saberes profissionais.
c) Visando ao desenvolvimento de uma autonomia social e cultural, vários autores retomam uma tradição de pensamento que diz de que o moderno se forma nas cinzas do antigo e na luz que trouxe pelo novo.
d) Segundo alguns pensadores modernos, não se tratam de projeções utópicas os empreendimentos culturais e sociais que renovam valores modernistas, enriquecendo saberes especializados.
e) Nem causa perdida, nem projeto inconcluso: apenas a necessidade que o conhecimento e as relações sociais vêm a ser recolocados em novos patamares de dinâmica interna, criando novas relações entre os sujeitos.