Assinale a asserção errada quanto aos sentidos e aos elementos lingüísticos do trecho abaixo.
Quando se achava que o Brasil já tinha visto tudo o que poderia ver em matéria de impostos, aconteceu algo jamais ocorrido antes neste país: um imposto que existia deixou de existir. Impostos, como é bem sabido, podem mudar de nome, podem aumentar ou diminuir (em geral, aumentam), podem passar de uma esfera a outra dentro da administração pública, mas uma vez criados ficam aí para sempre. Eis que, justo às vésperas do Natal, o governo não consegue obter do Senado os votos de que precisava para manter viva a CPMF, "contribuição" que era obrigatória e que, sob o disfarce de "provisória", vinha tirando uma lasca de cada cheque emitido no país desde o remoto ano de 1996.
(Guzzo, J. R., "O fim de uma mentira", Exame, 31/12/2007, p. 66)
a) A extinção de um imposto no Brasil é apresentada no texto como algo surpreendente, como um fato inusitado.
b) O emprego das aspas em "contribuição" reforça o sentido de que a CPMF era essencial para a melhoria da saúde pública no Brasil.
c) A oração "ficam aí para sempre" é substituível por: nunca deixam de existir, sem prejuízo do sentido original do texto.
d) O emprego da expressão "como é bem sabido", no contexto em que está, dá a entender que a informação que vem a seguir não deve ser novidade para o leitor.
e) O adjetivo "remoto" aplicado ao ano de 1996 favorece o entendimento de que o autor considera muito longo o tempo em que vigorou a CPMF.