Até a década de 80 do século XIX, Manaus não era de modo algum objeto de admiração por parte da elite que ali vivia, que falava da cidade como uma “aldeia” e sonhava com um espaço urbano em tudo distante do que ela evocava de mais forte: a presença impertinente da natureza em toda parte... Às vésperas da proclamação da República, a cidade permanecia acanhada, constrangida espacialmente pelo rio, para onde estava voltada. Na década de 80, Manaus é transformada... O Código Municipal de Manaus de 1883, propunha uma cidade “moderna”.
(Adaptado de Ana Maria Daou in A belle époque amazônica.)
Assinale, a respeito dos resultados das mudanças realizadas em Manaus, a afirmativa INCORRETA.
A cidade passou a ter dois patamares: um, voltado para o rio, e outro, que dele se distanciava.
O traçado urbanístico adotado, em forma de tabuleiro de xadrez, aplainou colinas e aterrou igarapés.
A separação entre os locais de moradia e de trabalho, existente na cidade provincial, desapareceu no novo traçado urbano.
Os bairros novos passaram a ter traçado geométrico e se diferenciam daqueles que mantinham uma ligação com o rio.
O eixo principal, inaugurado em 1901, chamado simplesmente de “Avenida” pelos moradores da cidade, tornou-se o centro simbólico da “nova” cidade.