Luciana Duranti (1994) questiona a validade teórica do conceito de avaliação, no âmbito da ciência arquivística. Segundo a autora, a atribuição de valor utiliza como critério de julgamento o conteúdo, afetando arbitrariamente a integridade do conjunto arquivístico, no todo e em suas partes. A única postura admissível ocorre quando a seleção é um dos mecanismos incorporados às rotinas e procedimentos que acompanham a criação, manutenção e uso dos documentos, e é baseada em sua funcionalidade e formas de acumulação.Nesse caso, por apoiar-se em fatores contextuais, o sentido do conjunto não é reduzido ou modificado, mas concentrado e reforçado. Tais considerações deslocam o objeto da avaliação
a) das partes para a totalidade dos documentos que integram o arquivo.
b) dos procedimentos para as formas de acumulação de documentos.
c) do conteúdo para o contexto de produção dos documentos.
d) dos valores primários para os valores secundários dos documentos.
e) do momento da criação para a fase em que os documentos são utilizados.