O século XX: vista aérea
A destruição do passado - ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas - é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que outros esquecem, tornam-se mais importantes que nunca no final do segundo milênio. Por esse mesmo motivo, porém, eles têm de ser mais que simples cronistas, memorialistas e compiladores. Em 1989 todos os governos do mundo, e particularmente todos os ministérios do Exterior do mundo, ter-se-iam beneficiado de um seminário sobre os acordos de paz firmados após as duas guerras mundiais, que a maioria deles aparentemente havia esquecido.
(Eric Hobsbaw m, Era dos extremos - O breve século XX. Trad. de Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das L etras, 2005, p. 13)
Ambos os verbos indicados entre parênteses deverão flexionar-se numa forma do plural para preencherem corretamente as lacunas da frase:
a) ...... (ser) de se lamentar que aos jovens de hoje ...... (restar) viver o tempo como uma espécie de presente contínuo, sem qualquer conexão com o passado.
b) Ao historiador ...... (dever) sensibilizar as omissões de toda e qualquer experiência que ...... (sofrer) nossos antepassados.
c) ...... (aprazer) aos governantes fazer esquecer o que não lhes ...... (interessar) lembrar, para melhor se valerem da falta de memória histórica.
d) ...... (avultar), aos olhos dos próprios historiadores contemporâneos, a figura de Eric Hobsbaw m como um dos intérpretes que melhor ...... (compreender) o século XIX.
e) Não ...... (competir) aos historiadores exercer a mera função de arquivistas públicos; mais que isso, .....-se (esperar) deles uma compreensão participativa da história.